"A CONSCIÊNCIA AMBIENTAL LEVA TEMPO, MAS A MUDANÇA NAS AÇÕES PRECISAM SER DE IMEDIATO", DECLAROU DR. RAFAEL MATHEES
O doutor e mestre em direito ambiental falou sobre a necessidade de todos se envolverem na preservação do meio ambiente
O doutor e mestre em direito ambiental, dr. Rafael Mathees esteve no programa O Tabuleiro, desta sexta-feira (07), para falar sobre educação ambiental. Dr. Rafael participou da Semana do Meio Ambiente, promovida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, de Ilhéus.
Durante o programa, ele falou sobre as recentes mudanças climáticas que vem afetando o mundo. "O efeito estufa é um efeito natural e fundamental para a vida humana na terra. Porém, esse efeito foi agravado em função da emissão de CO2 e outros componentes no ar, que transformou esse efeito estufa de forma mais agravada mudando o clima no planeta. Isso tudo decorre dos efeitos das atividades industriais e humanas", explicou.
Vila Nova perguntou de que maneira a população pode contribuir para diminuir essa agressão ao meio ambiente. Dr. Rafael ressaltou a importância da participação de todos na preservação do meio ambiente. "A gente costuma achar que as ações precisam ser feitas apenas pelos estados, pelo país, pela União. Quando na verdade é o resultado da ação de todas as pessoas. Em âmbito internacional, o Brasil se comprometeu a cumprir uma meta de redução de emissões de gás de efeitos estufa, mas pra que o Brasil alcance essa meta é fundamental que todas as pessoas na sua casa, na sua empresa, estejam engajadas com essa agenda de mudança climática", disse.
O advogado explicou que direito ambiental é uma ciência nova no Brasil. "Em 1972, quando todo esse assunto sobre meio ambiente começou a pipocar em todos os países do mundo, a educação ambiental foi um princípio criado ali, naquele ano. A educação não é aplicável do dia para a noite. Precisa passar por uma evolução e criar novas gerações. E as gerações dos anos 70, 80, já vêm com outras cabeças. Assim como nós que já crescemos com outra realidade. Nossos pais tiveram menos acesso. Nossos avós, muito menos acesso à educação ambiental. Eu tenho uma visão, inclusive, que é otimista. As novas gerações terão mais acesso à educação ambiental. Seja no ensino, que hoje grande parte dos municípios já incluiu nas suas políticas educacionais a educação ambiental", declarou.
Vila Nova chamou a atenção para a pressa em obter resultados e citou a dificuldade que muitas pessoas têm em separar os resíduos. Dr. Rafael concordou e disse que a consciência ambiental leva tempo, pois depende da educação e da maturação. Mas, as mudanças nas ações da população precisam ser de imediato. "Mais do que pensar na educação ambiental, a gente precisa difundir informação. Levar informação para todas as pessoas. Todo mundo precisa saber por exemplo como cuidar dos seus resíduos. A gente mal sabe o que é um resíduo, o que é capaz de passar por um processo de reciclagem, onde entregar. A população não tem essa informação, na maioria das vezes. E o que é rejeito. Aquele resíduo que não tem mais vida útil. Na verdade, a gente trabalha tudo que produz em casa como rejeito. Temos muitos resíduos que poderiam ser reutilizados, diluindo impactos", destacou.
Confira a entrevista completa:
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