Rogéria foi vereadora e Secretária Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, no governo de ACM Neto, em Salvador

No programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, desta sexta-feira (16), o comunicador Vila Nova entrevistou a deputada federal Rogéria Santos, do Republicanos. Ela foi vereadora e Secretária Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, no governo de ACM Neto, em Salvador, e hoje está em seu primeiro mandato. A deputada contou como entrou para a política. "Eu e meu esposo somos missionários e durante muito tempo fizemos missões fora do Brasil. Nós estivemos no continente africano por 14 anos. A gente chegou a Moçambique em 1995, que tinha entre dois e três meses de 'cessar fogo' da guerra. O pós-guerra é muito doloroso, principalmente para as pessoas. Eu conheci muitas que estavam sozinhas. Que haviam perdido todos da família. São pessoas muito marcadas e que convivem com sentimentos muito ruins, que precisam se reencontrar com elas próprias. Pra que elas entendam que existe Deus e que Ele pode aliviar a dor. O problema é que essas guerras que a gente vivenciou aplicavam tortura. Eu atendi uma mãe que foi obrigada a matar um filho em detrimento de salvar o outro. Não era apenas um trabalho missionário, mas também humanitário", declarou a deputada.

Rogéria viveu também 9 anos em Angola, onde presenciou momentos da guerra. "Viver o momento de guerra é muito complicado. A gente que mora no Brasil reclama, mas não tem noção do quanto somos bem-aventurados. Viver em um país que há paz, é maravilhoso. Você consegue projetar sua vida. Já nesses países que vivem a guerra, a vida acaba. Grande parte dessa mulher que está aqui, foi formada nessa época", declarou.

Rogéria falou o que motivou sua inserção para a política. "Quando a gente voltou ao Brasil em 2008, eu tinha em mente que o país estaria 'um mundo'. Em Salvador, eu tive um choque, porque eu vislumbrei o mesmo que eu vivia fora. Só que a desculpa do que eu vivia fora era a guerra. Mas qual era a desculpa aqui na Bahia, em Salvador? Tanta desigualdade social, tanta fome, miséria, doença. Isso me incomodou e eu tinha que fazer algo porque era meu povo. E aí fui para as comunidades de Salvador e montei o projeto Mulheres em Ação, com 80 voluntárias que atendiam centros de acolhimento, crianças, adolescentes, e hoje se tornou uma defesa de mandato. Esse trabalho me impulsionou para a política porque o povo via nosso trabalho e cobrava dizendo que eu podia fazer mais. Era um trabalho de mobilização social", disse.

O comunicador Vila Nova questionou o que a deputada federal disponibilizou para Ilhéus de emendas parlamentares. 

"Agora que eu terei as minhas primeiras emendas. Hoje farei uma visita ao Hospital São José. Eu gosto muito de atuar na saúde, porque nas minhas andanças na campanha eu verifiquei que a saúde é a maior demanda na Bahia, seguida de segurança pública. Vou conhecer o Hospital para saber as necessidades de perto e vou destinar alguma emenda ao hospital.

Confira a entrevista: