"CACAU ESTÁ EM ALTA, MAS VIROU UMA ATIVIDADE DE RISCO", DISSE VILA NOVA SOBRE NÚMERO CRESCENTE DE ASSALTOS À PROPRIEDADE RURAIS NO SUL DA BAHIA
Assaltos estão sendo registrados até três vezes por semana em diferentes cidades da região, como Ilhéus, Itabuna, Una e Uruçuca
Durante o programa O Tabuleiro, na rádio Ilhéus FM, o comunicador Vila Nova destacou o crescimento dos assaltos a propriedades rurais em Ilhéus e cidades vizinhas, impulsionado pelo aumento no preço do cacau. A tonelada da commodity fechou esta segunda-feira (9) cotada a 10.202,50 dólares no mercado futuro da Bolsa de Nova York, cerca de R$ 62 mil. Esse é o maior valor registrado desde abril deste ano. Nas praças de Itabuna e Ilhéus, a arroba foi comercializada a R$ 925.
“Graças a Deus, o cacau está nas alturas, e isso é maravilhoso. Mas, por outro lado, plantar cacau virou uma atividade de risco e de muito risco”, alertou Vila Nova durante a edição desta terça-feira (10). Ele destacou que fazendas da região têm sido alvos frequentes de invasões violentas, em que criminosos roubam cacau já ensacado e pronto para a venda. “O trabalhador é agredido, a porta é arrombada, e muitas vezes os criminosos parecem estar monitorando as propriedades para agir na hora certa. É uma situação preocupante.”
De acordo com Vila Nova, pequenos e médios produtores têm sido os mais afetados. Em muitas propriedades de até 20 hectares, toda a produção é roubada em uma única invasão. Ele citou um caso recente na região da Carobeira, onde uma fazenda foi invadida pela segunda vez em menos de um ano. “Na primeira vez, levaram o cacau. Na segunda, não tinha mais o que levar, porque o proprietário já tinha vendido. Então, roubaram o botijão de gás”, relatou.
O comunicador também fez um apelo às autoridades: “A polícia precisa tomar uma providência. Estamos fortalecendo a economia com a produção de cacau, mas, infelizmente, isso tem acontecido duas, três vezes por semana, em diferentes cidades da região, como Ilhéus, Itabuna, Una e Uruçuca. Não dá mais para o trabalhador rural ficar refém desse tipo de violência.”
Enquanto o preço do cacau continua em alta, produtores da região sul da Bahia enfrentam o desafio de proteger suas plantações e suas vidas. “A turma está se dedicando mais, está focada em aumentar a produção, e aos poucos isso está acontecendo. Mas não podemos esquecer que, para muitos, o cacau já não é só uma riqueza: virou também motivo de medo”, concluiu Vila Nova.
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