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"CRIANÇA NÃO É MÃE E ESTUPRADOR NAO É PAI", DECLAROU ENILDA MENDONÇA EM RELAÇÃO A PL DE ABORTO

"CRIANÇA NÃO É MÃE E ESTUPRADOR NAO É PAI", DECLAROU ENILDA MENDONÇA EM RELAÇÃO A PL DE ABORTO
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 18/06/2024 15h18

A vereadora destacou a importância de ter mais mulheres na política

A professora e vereadora de Ilhéus pelo PT, Enilda Mendonça, falou durante sua participação no programa O Tabuleiro, da Ilheus FM, nesta terça-feira (18), sobre a importância de ter mais mulheres na política. O comunicador Vila Nova perguntou se ela, como mulher, se sente confortável em conviver no mesmo parlamento que o vereador Luca Lima, reintegrado à câmara esse mês, após ter sido afastado por ter sido acusado de alguns crimes, entre eles assédio sexual. Enilda disse que o vereador está voltando por decisão judicial e cabe a todos aceitarem e esperar que a justiça faça o julgamento de todos os fatos e, uma vez comprovados, que ele seja punido. Mas salientou que não é fácil ser mulher na política. "Nós temos um parlamento que apenas duas cadeiras são ocupadas por mulheres. Eu tenho o respeito dos colegas. Não é fácil ser mulher na política. Eu tenho apoio de muitos companheiros na casa, mas não é confortável você estar num ambiente que ouve algumas falas que, no meu entendimento, são machistas. Que não respeitam o movimento de mulheres. Não é confortável em lugar nenhum. Mas é o lugar que devemos estar e eu espero que esse ano a população de Ilhéus eleja mais mulheres. Nós vivemos em uma cidade que ainda tem o ranço do coronelismo. Então a gente vai sempre ver a maioria da câmara sendo de homens. Eu espero que nessa eleição nós consigamos eleger um número maior de mulheres pra que a gente possa de fato ter voz e vez", declarou.

A professora disse ainda que é no parlamento que se todas as questões que passam pela vida das pessoas e por isso, a necessidade de ter mulheres para discutir assuntos como o que vem sendo debatido no congresso nacional, como o aborto. "Eu e qualquer pessoa em sã consciência somos contra o aborto. Eu sou pela vida. Mas o que está sendo discutido é criminalizar a vítima que sofreu estupro e que hoje tem a legalização do aborto nesse caso. Eles querem tirar isso e penalizar. O cara cometeu o crime e pode ficar até 10 anos. Uma pesquisa de 2022 mostrou que em cada dez mulheres estupradas, 6 têm até 13 anos de idade. Aí você tem uma criança estuprada, que engravida e é obrigada a ter o filho pra não ficar 20 anos na cadeia?", questionou. A vereadora salientou que se houvessem mais mulheres no congresso, o debate não estaria sendo feito dessa forma. "Estamos no congresso discutindo PL pra proteger o estuprador e criminalizar a vítima. Não é o aborto. Como condenar a criança a ser mãe? Porque criança não é mãe e estuprador não é pai", disse.

Enilda Mendonça chamou a atenção também para a quantidade de crianças que são abandonadas pelos pais, muitas vezes antes mesmo de nascerem. "Você conhece crianças abortadas pelo pai? Todo dia um homem aborta o filho quando abandona ele a mulher grávida. Quando não assume o filho. É o aborto paterno. E esses homens são encobertos pela sociedade. Quando ocorre de uma mulher desistir de uma criança, é condenada pela sociedade. Mas todos os dias a maioria das nossas famílias, principalmente as mais vulneráveis, é coordenada e mantida por mulheres", declarou.

Confira a entrevista completa:

 

 

  

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