"HÁ UM TRABALHO SENDO FEITO PELA CODEBA DE FAZER A DRAGAGEM PARA TRAZER NAVIOS MAIORES PARA O PORTO DE ILHÉUS" AFIRMOU GILBERTO MOURA AO PROGRAMA O TABULEIRO
Segundo ele, existe um planejamento que deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano
Durante entrevista ao programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM, o diretor de portos da intermarítima, presidente do sindicato dos operadores portuários de Salvador e Aratu e membro titular do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Gilberto Moura Costa elogiou a fala do comunicador Vila Nova, que falou do Porto de ilhéus. "É um equipamento de desenvolvimento que poucas cidades do mundo tem, com capacidade para operar 24 horas e talvez dobrar a movimentação atual. Precisamos compreender a importância econômica que o porto tem para cidade e região. É necessário trazer o porto para a população, pra que conheça o que opera ali.Mais de cem famílias dependem diretamente do porto", disse Vila Nova. Gilberto, que tem mais de 48 anos de experiência na área portuária, disse que é realmente um privilégio e um orgulho de qualquer cidade do mundo ter um porto na sua sede. "Ilhéus tem um equipamento extremamente importante pra economia da região. Gera emprego e renda em números bastante elevados e é um catalisador de impostos que obviamente reverte pra comunidade" confirmou o diretor. Gilberto passa agora a ser membro do porto de Ilhéus e falou sobre as demandas do local e a contribuição que pode dar com sua experiência. "Eu fui por dez anos diretor gestor executivo do OGMO, órgão de gestão de mandioca de Salvador que treina e habilita o trabalho do setor portuário. É uma instituição sem fins lucrativos, criada pela lei dos portos. O CAP tem um papel preponderante pra atividade portuária. Cada CAP tinha a noção exata do que era seu porto e suas necessidades. Com a nova regulamentação, o cap passou a demandar todas as ações necessárias ao provimento das melhorias estruturantes dos portos à Brasília. Isso reteve o desenvolvimento maior porque se passou a dar mais um passo burocrático daquilo que a gente poderia fazer com o nosso dever de casa local. Mas o nosso objetivo aqui é justamente trazer para as autoridades federais as reais necessidades do porto de Ilhéus. O porto não pode dar as costas pra cidade e a cidade não pode dar as costas para o porto.
Gilberto também elogiou a gestão atual do Porto de Ilhéus, que já é uma realidade e está há décadas sobre a administração da Companhia de Docas do Estado da Bahia, a CODEBA. "A gestão tem sido feita de uma forma extremamente responsável e muito profissionalismo, por Maurício Galvão e Gilberto, conhecido como China. São dois lutadores, desbravadores. O porto tinha vocação natural para o cacau, mas com o passar do tempo e as crises que vieram, teve que se reinventar e trouxe as riquezas de Ilhéus, região e fora também. Hoje você tem uma movimentação expressiva do níquel, lítio, de magnesita, soja, milho, além da exportação do cacau e pólo turístico. Não é pouca coisa. Tudo isso faz com que ele seja classificado como um porto de real necessidade pra região, disse Gilberto.
Vila Nova falou sobre uma dificuldade enfrentada atualmente pelo porto, que é o calado. Gilberto reconheceu e afirmou que esse é um ponto crítico. "Ilhéus tem hoje um calado que varia de 9,30m e 9,80m. Mas você tem um canal de 9 metros. Tem navios que não podem carregar mais do que o calado suporta. Ou seja, isso aumenta o custo de frete. Existem também mecanismos pra que esse navio aporte em ilhéus e depois vá a outros portos completar a carga. Isso é um fator positivo, mas negativo na medida que não temos essa abertura de trazer navios com 10, 11 metros, quando hoje os navios o calado ideal é 15 metros", pontuou o diretor. "Mas há um trabalho sendo feito pela Codeba para fazer a drenagem e possibilitar trazer navios maiores e que peguem mais cargas. Já existe um planejamento que deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano.
Existe um comprometimento muito grande da Codeba em prover essas questões estruturantes ao porto. Primeiro o calado e segundo a questão estruturante dos equipamentos portuários", contou Gilberto.
Confira a entrevista completa:
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