A União Brasileira de Mulheres e outros coletivos vão realizar uma caminhada na próxima sexta-feira (01), em Ilhéus

O programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, entrevistou a representante da União Brasileira de Mulheres (UBM), Cris Calabraro, para falar sobre a caminhada contra o feminicídio que será realizada na próxima sexta-feira (01), em Ilhéus. Cris falou também sobre a criação da UBM, um movimento nacional de mulheres que luta pela emancipação. "Já tem 35 anos. Nasceu em Salvador com Loreta Valadares e outras camaradas que vinham fazendo essa luta pelo feminismo popular e foi se construindo vários núcleos espalhados pelo Brasil. Aqui em ilhéus a gente tem esse privilégio de poder ter conseguido realizar esse núcleo desde 2019. A gente vem atuando e participando de tudo que envolve as mulheres, principalmente buscando nossa atuação junto a Câmara de Vereadores, ao Poder Executivo, provocando e trazendo sugestões e pautas para nossa cidade, sobre as questões das mulheres. Tivemos também uma participação muito importante com a reativação do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres" disse.

O comunicador Vila Nova falou que tem observado que o movimento em defesa das mulheres e a rede de proteção têm aumentado em ilhéus. "A gente observa que a pauta tem sido bastante debatida por diversos movimentos sociais e outros grupos que atuam dentro dos bairros, como associações de moradores, com muitas mulheres à frente, e a própria rede institucional que vem crescendo na cidade, disse Cris.

Ela falou da importância da participação de todas as pessoas no movimento em defesa das mulheres. "É necessário que todas as pessoas estejam engajadas. Que homens, jovens, comecem a participar e se conscientizar que na sociedade a mulher tem um papel fundamental em todos os aspectos. É uma luta contra uma estrutura machista, patriarcal.

É envolver todas as pessoas pra começar a mudar esses pensamentos antigos, retrógrados", declarou 

A caminhada “Oxente, deixa Ela!”, será a partir das 8h, da próxima sexta-feira (01), para abrir o mês das mulheres e chamar a atenção dos casos de feminicídios registrados na cidade. "Diversos coletivos que se juntaram pra realizar o ato. A gente vem desde janeiro se reunindo, realizando rodas de conversas. E a gente pretende dar continuidade ao trabalho, atuando na cidade junto ao legislativo e às comunidades.

O ponto de encontro será Praça Cairu. De lá, os participantes vão seguir pela Rua Tiradentes até a Praça Castro Alves (Praça da Irene), terminando na Praça Pedro Matos (Praça do Teatro). Neste último local, haverá uma concentração com discursos e a assinatura de um manifesto contra a onda de violência e femicídio que assola a cidade

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