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"NENHUM PLANO DE MOBILIDADE PODE SER FEITO ANTES DO PLANO DIRETOR. É IMPROVÁVEL E ILEGAL QUE TENHAMOS UM PLANO PRONTO ATÉ JUNHO EM ILHÉUS", DIZ PROFESSORA DA UFSB

"NENHUM PLANO DE MOBILIDADE PODE SER FEITO ANTES DO PLANO DIRETOR. É IMPROVÁVEL E ILEGAL QUE TENHAMOS UM PLANO PRONTO ATÉ JUNHO EM ILHÉUS", DIZ PROFESSORA DA UFSB
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 16/04/2025 11h11

Peolla Paula Stein questiona legalidade e transparência do processo anunciado pelo superintendente de trânsito no programa O Tabuleiro

Durante o programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, nesta quarta-feira (16), a professora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Peolla Paula Stein, fez duras críticas ao anúncio do superintendente de Transporte e Trânsito de Ilhéus, Claudio Cardoso, que havia afirmado, na edição anterior do programa, que o Plano de Mobilidade Urbana do município será entregue até junho deste ano.

A professora, que é mestre em Engenharia de Transportes pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP, apontou uma série de irregularidades e incoerências no processo descrito pelo superintendente. “Nenhum plano de mobilidade pode ser feito antes do Plano Diretor, pois uma coisa depende legalmente da outra. E o Plano Diretor ainda não está pronto”, afirmou.

Peolla também destacou que, por lei, projetos dessa magnitude precisam passar por licitação pública com ampla divulgação, algo que, segundo ela, não ocorreu de forma transparente. “Nunca vi esse Termo de Referência e nem soube de empresas que ganharam esse edital. Esse termo é um trabalho feito por meses antes da licitação”, criticou.

Outro ponto levantado foi a ausência de participação popular no processo. “Esse plano, por lei, é feito de forma participativa. Tem audiência pública, oficinas, igual ao Plano Diretor. Só pelo que eu falei, a gente entende que é improvável e ilegal que tenhamos um plano pronto até junho”, concluiu a professora.

A fala da especialista trouxe um novo olhar sobre a declaração feita por Claudio Cardoso na terça-feira (15), quando garantiu que o município protocolou a entrada do projeto dentro do prazo legal — o último dia foi 12 de abril — para evitar sanções federais. Ele mencionou ainda que o plano teria custo estimado entre R$ 800 mil e R$ 1,2 milhão, e envolveria estudos técnicos como georreferenciamento.

Com vasta experiência na área, Peolla Paula Stein é referência em planejamento e operação de sistemas de transporte. Já atuou como consultora na empresa Tectran, foi professora no Instituto Keynes, no Instituto Pós Graduar e no Cefet-MG. Desde 2018, é docente da UFSB e autora do livro Introdução ao Gerenciamento da Mobilidade Sustentável, publicado pela Editora Biblioteca 24 horas.

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