“ESSA VISITA É APENAS MANUTENÇÃO DE ROTINA, AINDA NÃO É QUE QUEREMOS” DISSE ALEXANDRE MENDES SOBRE ATIVIDADE GEIV NO AEROPORTO DE ILHÉUS.
Falta de tecnologia avançada limita operações e encarece passagens aéreas em Ilhéus, apontam especialistas
O programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus, trouxe à tona mais uma vez, nesta terça-feira (21), a necessidade de melhorias no Aeroporto Jorge Amado. O debate foi motivado por um relato de que a concessionária Socicam, responsável pela gestão do terminal, atingiu na última sexta-feira (17) 100% de aproveitamento na inspeção do sistema PAPI (Precision Approach Path Indicator) na cabeceira 11, com resultados homologados pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), da Força Aérea Brasileira (FAB). O equipamento, também instalado na cabeceira 29, é essencial para orientar pilotos na aproximação correta durante o pouso, contribuindo para maior segurança e eficiência nas operações.
Apesar do avanço, especialistas e ouvintes destacaram que a ausência de um sistema mais avançado de aproximação, como o GPS RNP AR, ainda impõe limitações ao aeroporto. O piloto internacional, Alexandre Mendes, explicou: “essa visita é apenas manutenção de rotina. Ainda não é que queremos”. Em entrevista no dia 28 de novembro de 2024, Alexandre disse que a carência pelo GPS RNP AR aumenta a probabilidade de voos serem redirecionados para Salvador em dias de mau tempo, já que em Ilhéus os pilotos precisam enxergar a pista a uma distância de 7 km para efetuar o pouso com segurança. Em aeroportos equipados com tecnologias mais modernas, essa distância é reduzida para apenas 800 metros.
A ausência do GPS RNP AR impacta diretamente a previsibilidade operacional e os custos das passagens aéreas. Mendes explicou que, devido ao limite de peso operacional do aeroporto, aviões com capacidade para 186 passageiros só podem decolar com até 170, o que eleva os preços dos bilhetes. Além disso, os custos adicionais gerados por arremetidas e alternâncias para outros aeroportos são repassados às passagens, dificultando ainda mais a competitividade do terminal.
A solução, segundo Mendes, seria uma articulação política para que o Ministério da Defesa implemente o GPS RNP AR no aeroporto, medida já realizada em outros terminais do Brasil, como no Rio de Janeiro, Joinville e Caxias do Sul. Essa tecnologia, que substitui sistemas tradicionais de aproximação, poderia reduzir as arremetidas em até 95%, aumentar a capacidade de voos noturnos e, consequentemente, baratear as passagens em até 40%. O comunicador Vila Nova reforçou a necessidade de união entre autoridades e lideranças locais para viabilizar a modernização do aeroporto, que beneficiaria não apenas a população de Ilhéus, mas toda a região.
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