30 ANOS APÓS A 1ª VERSÃO DE RENASCER, CHOCOLATE MUDA CENÁRIO DO EMPREENDEDORISMO CACAUEIRO
Cultivo do cacau no sul da Bahia tem abastecido produção local de chocolates finos na última década
Em março de 1993, a novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa, levava ao ar a saga de José Inocêncio em meio à cadeia produtiva do cacau, em Ilhéus, no sul da Bahia. Três décadas depois, um remake da novela, assinado por Bruno Luperi, estreia nesta segunda-feira (22/1) na Globo e apresenta o trabalho nas lavouras para as novas gerações. Se na ficção as duas versões do folhetim carregam uma série de semelhanças, na vida real, o empreendedorismo cacaueiro se transformou em 30 anos e ganhou uma nova protagonista: a fabricação local de chocolates com cacau fino.
A mudança é explicada pelo produtor Gerson Marques, 61 anos, presidente da Associação dos Produtores de Chocolate do Sul da Bahia (Chocosul). Segundo ele, a fabricação de chocolates na região foi iniciada no início dos anos 2000 como uma estratégia dos empreendedores locais para se reerguer após uma longa crise causada pela infestação da praga vassoura-de-bruxa (Moniliophtera perniciosa). O fungo, que apodrece os frutos, atingiu as plantações em 1989. A devastação reduziu as safras brasileiras de mais de 400 mil toneladas de cacau para cerca de 100 mil toneladas, no intervalo de 20 anos, segundo dados divulgados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em 2021.
Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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