Na entrevista, comandada pelo Comunicador Vila Nova, Manoel falou sobre questões e divergências políticas envolvendo o seu partido, o PT.

Nesta segunda-feira (16), OTabuleiro recebeu Manoel Porfírio, Vereador licenciado da cidade de Itabuna e atual presidente da Fundação Marimbeta.

Na entrevista, comandada pelo Comunicador Vila Nova, Manoel falou sobre questões e divergências políticas envolvendo o seu partido, o PT. Ele está no seu primeiro mandato como vereador e afirma que tem um período pré-estabelecido para presidir a instituição e pretende posteriormente retornar ao seu mandato. 

Em relação ao PT, Manoel destaca que entrou muito novo no partido, "entrei no PT menino, antes de o PT ganhar a Bahia, o Brasil, antes de ganhar muita coisa e antes de ser esse partido que é agora. Eu conheço os porões e corredores desse partido, aqui, em Salvador e em Brasília, conheço quem é quem e isso me dá tranquilidade de trabalhar". Ele afirma também que não tem interesse em entrar na "seara de disputa do PT".

Segundo Manoel, ele possui uma relação de admiração por Geraldo Simões, ex-Prefeito de Itabuna, "eu fico triste porque a cidade não aceita mais Geraldo como um político de mandato. Em Itabuna você precisa ser desprendido do poder, por exemplo, Fernando Gomes foi para Conquista e voltou como prefeito, já Geraldo que ficou o tempo todo ali não conseguiu nenhuma votação expressiva nesse processo".

O Vereador licenciado diz que o PT precisa aproveitar a "onda vermelha" que está tomando conta do Brasil com as vitórias de Lula e Jerônimo. Além disso, atribui a derrota de Jerônimo Rodrigues para o governo da Bahia, em cidades como Ilhéus e Itabuna, a um sentimento ligado ao "coronelismo" ainda existente nestes municípios, "é uma questão de cultura. Quantos prefeitos pretos temos na região hoje? Apenas um, em Itacaré, isso está ligado". 

Manoel defende ainda uma renovação nas lideranças do PT, "essa ferramenta chamada Partido dos Trabalhadores não pode ser para beneficiar um. Ela tem que ser para levar políticas públicas para o povo, então essas disputas nos cansam".

Ele ressalta, no entanto, que sente orgulho em pertencer ao partido, "não há, não houve e não vai haver tão cedo, uma ferramenta de transformação social e de enfrentamento para o trabalhador e a trabalhadora com a elite, como o Partido dos Trabalhadores".

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