Na entrevista, Jabes falou sobre os motivos que levaram ao rompimento da aliança de mais de 12 anos, entre o PP e o PT.

Nesta sexta-feira (17), OTabuleiro recebeu o Ex-Prefeito de Ilhéus, Ex-Deputado Federal e atual Secretário Geral do Progressitas (PP), Jabes Ribeiro. Na entrevista, Jabes falou sobre os motivos que levaram ao rompimento da aliança de mais de 12 anos, entre o PP e o PT. 

Jabes afirma que participou das articulações políticas que envolveram a escolha dos nomes para compor as chapas com o objetivo de disputar as eleições gerais de 2022. Ele diz que as conversas iam caminhando com Jaques Wagner e Rui Costa, "o PP tinha dito desde o início, se não tiver um destaque, não serve para a gente". 

Segundo Jabes, Rui Costa manifestou o interesse em concorrer ao Senado. Desta forma, foi acertado que João Leão, vice Governador, assumiria o governo e Otto disputaria a vaga para o Governo da Bahia. Ele conta que este acordo foi sacramentado durante um jantar em Brasília.

O Secretário Geral do PP aponta que após estas articulações, o PT começou a reagir, "isso gerou, pelo que se diz, uma insegurança em Otto, mas Otto esteve conosco, teve uma reunião conosco, ele com o Coronel e nós conversamos claramente sobre as coisas todas [...] conclusão da história, eu entendo que essa reação da base do PT, com a partir dai, uma insegurança de Otto, na minha visão levou Rui, sobretudo Wagner a dizer "isso não vai dar"".

Jabes conta que no dia 7 de março, Jaques Wagner afirmou em entrevista a Rádio Metrópoles que "o martelo estava batido, Rui ficaria na cadeira, Otto sairia ao senado e o PT ia indicar um nome para Governador, que podia ser Moema, Jerônimo ou Caetano". Segundo Jabes, assim que ouviu a entrevista, fez uma ligação para João Leão e o aconselhou a não comentar sobre o assunto naquele momento. 

De acordo com ele, o PP já vinha relevando e aceitando algumas decisões do PT pensando no bem estar da aliança. No entanto, esta última decisão não foi aceita e levou ao fim da união entre os partidos. 

A primeira conversa com ACM Neto aconteceu em Brasília, "ele quis nos visitar, tudo bem, nos visitou, conversamos até meia noite". Jabes afirma que nesta reunião não foi firmada nenhuma nova aliança pois o PP ainda tinha esperanças que o PT voltasse atrás na sua decisão, o que não aconteceu. 

Posteriormente a aliança foi firmada e segundo o Ex-Prefeito de Ilhéus, Neto assumiu o compromisso de que o PP participaria de todas decisões e articulações políticas. Sobre a proximidade do PP Bahia com o Ex-presidente Lula, ACM Neto, teria dito ainda, segundo Jabes, que não via problema e que "até gostava", por sua candidatura ser ampla.