Segundo a psicóloga, a situação financeira não é a causa de muitas mulheres vítimas que permanecem em relacionamentos violentos

Dia 27 de agosto é celebrada a profissão dos psicólogos. Uma das campanhas realizadas neste mês é o Agosto Lilás, que destaca a criação da Lei Maria da Penha, no dia 7 de agosto. A campanha é para combater a violência contra a mulher. Para falar um pouco sobre a importância e relação das duas datas, a psicóloga Silvana Rabelo participou do programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta sexta-feira (23). Dra Silvana destacou que existe seis tipos de violência referenciadas na Lei Maria da Penha, uma delas é a psicológica. Ela falou sobre os sinais iniciais de violência praticadas pelo agressor. "Ela começa quando o homem começa a desqualificar a função, qualidade, intelectualidade, a relação sexual da mulher. As vezes a mulher até se esforça para ter uma boa autoestima, mas o agressor consegue tirar tudo dela através da violência psicológica e afeta toda a sua tomada de decisão e acaba se tornando cada vez mais dependente", disse.
Dra Silvana explicou também o que leva a mulher a estar em uma relacionamento do tipo e destacou que não está relacionado à situação financeira. "Temos muitos casos com pessoas de alto nível social, como juízas, doutoras, empresárias, que muitas vezes já têm procuração na mão do marido, não têm autonomia para decidir nada, todas as contas estão nas mãos do parceiro, as vezes a herança fica com ele", contou.
Dra Silvana falou da necessidade de ter psicólogos dentro da justiça, com o objetivo de identificar a violência sofrida por essas mulheres. "Os traços sempre são baixa autoestima, depressão, crises doo pânico. É uma pessoa que não socializa, que se excluiu do meio da sociedade. Já não participa da reunião das amigas, da família, já não aprece tanto nas redes sociais. Uma mulher que olhar não brilha da mesma forma.
A psicóloga detalhou três características de uma pessoa que está precisando de apoio profissional: dificuldade para dormir, alteração do peso corporal e das emoções. "Está irritado demais ou triste demais. Começa a perder a vontade de fazer o que gostava", explicou.

Confira a entrevista completa:

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