ALVO DA PF, SENADOR FERNANDO BEZERRA DIZ QUE COLOCOU POSTO DE LÍDER DO GOVERNO À DISPOSIÇÃO DO PLANALTO
ALVO DA PF, SENADOR FERNANDO BEZERRA DIZ QUE COLOCOU POSTO DE LÍDER DO GOVERNO À DISPOSIÇÃO DO PLANALTO
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (19), disse que colocou seu posto de líder do governo no Senado à disposição do presidente Jair Bolsonaro.O senador, segundo a PF, é suspeito de integrar um esquema para receber propina de empreiteiras (veja detalhes mais abaixo). Após a operação ter sido deflagrada, ele disse que conversou por telefone com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O Palácio do Planalto ainda não confirmou se vai trocar o líder.
"Eu já conversei pela manhã, com o presidente [do Senado] Davi Alcolumbre e conversei com o ministro da Casa Civil da Presidência da República, o ministro Onyx [Lorenzoni]. E tomei a inciativa de colocar à disposição o cargo de líder do governo, para que o governo possa, ao longo dos próximos dias, fazer uma avaliação se não seria o momento de proceder a uma nova escolha, ou não", disse Bezerra Coelho a jornalistas na porta do prédio onde mora em Brasília.
Mais cedo, agentes da PF fizeram buscas e apreensões no gabinete do senador e nas casas dele, em Brasília e no Recife. Também foi alvo de mandados o filho do parlamentar, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho.
Em Porto Alegre, onde cumpre agenda nesta quinta, Onyx foi questionado sobre a situação do líder do governo. O ministro disse que o momento é de "aguardar os acontecimentos". "
Ele [Bezerra] tem uma situação relativa a fatos passados, quando ele era ministro de um governo anterior. A posição do nosso governo é de aguardar os acontecimentos", disse Onyx.
"Neste momento, nós temos só que aguardar, é uma questão individual dele, é vida pregressa dele, antes de entrar no governo, de entrar como líder do governo. Vai ter que esclarecer junto às autoridades", completou.
O ministro afirmou ainda que conversará com Bolsonaro sobre o assunto no fim de semana.
Investigações
A operação desta quinta, chamada Desintegração, se baseia em delações premiadas de outra operação, a Turbulência, deflagrada em junho de 2016. Um dos delatores é o empresário João Lyra, apontado em investigações como operador financeiro de supostos esquemas criminosos em Pernambuco.
As denúncias apontam irregularidades em obras no Nordeste, como a transposição do Rio São Francisco, no período em que Bezerra foi ministro da Integração Nacional, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
De acordo com a PF, a Desintegração investiga um esquema criminoso de pagamento de propina por parte de empreiteiras para autoridades públicas. Os pagamentos teriam sido feitos entre 2012 e 2014.
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