Maria do Socorro Mendonça, do Instituto 'Nossa Ilhéus', falou sobre a questão da poluição do Rio Cachoeira e a consequente vinda de baronesas para a cidade de Ilhéus.

Em entrevista à OTabuleiro, nesta quinta-feira (8), Maria do Socorro Mendonça, do Instituto 'Nossa Ilhéus', falou sobre a questão da poluição do Rio Cachoeira e a consequente vinda de baronesas para a cidade de Ilhéus. A baronesa é considerada como uma das 100 plantas de maior potencial invasor e se desenvolve em ambientes poluídos.

Socorro destaca que o Rio Cachoeira é formado por dois rios, o Colônia e o Salgado, mas a contribuição vem de todos os 12 municípios que formam a sua bacia, "a barragem que fica no município de Itapé já está repleta de baronesas, então tem um outro município que está contribuindo também para a poluição".

No entanto, afirma que o maior contribuinte para a poluição do rio Cachoeira é o município de Itabuna, "eles jogam 100% dos seus dejetos in natura no Rio Cachoeira. Itabuna não tem rede de esgoto, tem rede pluvial. Por isso que as baronesas se desenvolvem muito mais e esssa é a questão maior". 

De acordo com Socorro, o mínimo que a gestão de Itabuna pode fazer é dividir os custos da limpeza das baronesas com Ilhéus, "nós estamos cansados. No final, nós cavamos buracos na praia e enterramos as baronesas, que vão com todo o resto dos resíduos". Além disso, reforça que essa preocupação precisa vir do gestor municipal e da sociedade civil.

Segundo ela, os 12 municípios que formam a bacia do Rio Cachoeira devem ser responsabilizados pela poluição, "o grande problema são as fezes do gado. Muitos municípios contribuem com estas fezes e tem alguns também que não tem matas ciliares". 

Em relação a revitalização do Rio, Socorro diz que já foi realizada uma reunião com a Agência de Desenvolvimento Regional. Além disso, existe um Consórcio de Desenvolvimento Sustentável que envolve esses municípios. 

Ela finaliza afirmando que a solução existe e pode ser feita. 

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