‘BRASIL É UM CELEIRO DE VARIANTES MUTANTES’, AFIRMA SECRETÁRIO VILAS BOAS
Segundo ele, situação pode fazer com que a Covax priorize o país na fila da vacina
O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas Boas, afirmou hoje (10), em entrevista ao Jornal da Cidade na Rádio Metrópole, que quanto mais tarde a população for vacinada, maior a chance de surgirem novas variantes mutantes no Brasil. “Já foi dito que o Brasil está representando para o mundo uma ameaça, isso aqui é um celeiro de variantes mutantes”.
Segundo ele, a vacina ainda é algo muito distante para poder impactar de forma significativa o número de casos globais no país, e destacou o atraso na vacinação na Bahia. Até o momento, foram vacinadas 95% das pessoas com mais de 80 anos na Bahia.
“Isso é um número que a gente está comemorando porque não tem outro para comemorar. A gente deveria ter vacinado, agora, 100% das pessoas com mais de 75 anos nos primeiros 30 dias. Nós estamos indo para 60 dias e estamos vacinando as pessoas com 77 anos”.
Vilas Boas também comemorou o fato de o governo ter feito “finalmente” o que devia ter feito em agosto: comprar todas as vacinas disponíveis no mundo. “O governo federal assinou hoje acordos de pré-compra com todos os fabricantes de vacina do mundo inteiro. O único problema é que nós estamos indo para o final da fila. Como outros países estão na frente da gente, nós vamos agora esperar eles serem atendidos para depois sermos atendidos”.
O secretário disse ainda que existe uma possibilidade, dependendo de como o cenário caminhar ao longo da próxima semana, de a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio do consórcio Covax Facility, priorizar o Brasil na entrega da vacina para que o país possa acelerar a imunização.
Sobre as medidas restritivas adotadas no estado, ele explicou que elas estão dando resultado, e ainda falou sobre os novos leitos que serão abertos. “As medidas tiveram um resultado fenomenal, nós vínhamos numa rampa de aceleração de crescimento enorme. Se essas medidas não fossem tomadas na hora que foram já estamos numa situação de pessoas morrendo em quantidade muito maior do que estão morrendo hoje nas UPAs por falta de atendimento. E a pior coisa que pode acontecer com alguém é vir a falecer com aquela sensação de que não teve oportunidade de se salvar. Lamentavelmente, o preço a pagar é o colapso econômico, mas nós já temos uma série de indicadores de que essas medidas foram eficientes no sentido de retardar a rampa de aceleração do crescimento”.
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