Vestidos de preto, portando faixas e gritando palavras de ordem, os professores cobram do prefeito Vinicius Ibrann (UB) reajuste salarial e o respeito ao piso nacional do magistério.

Professores da rede municipal de ensino em Buerarema, no sul da Bahia, bloqueiam a BR-101 no trevo de acesso ao município desde as 6h30min desta quarta-feira (14). Vestidos de preto, portando faixas e gritando palavras de ordem, os professores cobram do prefeito Vinicius Ibrann (UB) reajuste salarial e o respeito ao piso nacional do magistério. Ibrann é chamado de “Zé Chapinha” pelos manifestantes. “Ele não vem, porque tá chuviscando e ele não pode molhar o cabelo. Por isso, Zé Chapinha”, ironizou uma professora.

Segundo a APLB-Sindicato, que representa a categoria, os professores tiveram a progressão de carreira retirada em 2022, transformada em gratificação, e o município ainda não concedeu reajuste neste ano, nem os 14,95% do piso nacional neste ano.

– O prefeito desmontou nossos contracheques [retirando a progressão de carreira] em 2022, nos reduzindo a nível médio. Tem plano de carreira onde a gente avança: graduado, pós-graduado, mestrado, doutorado, mas ele nivelou todo mundo para baixo, colocando como se todos os professores só tivessem o ensino médio – afirmou Eliene Silva, da APLB-Sindicato.

Além de transformar a progressão de carreira em gratificação, o município é acusado de não conceder o reajuste do piso nacional do magistério, de 14,95%, neste ano. O prefeito diz que não há caixa para dar o aumento à categoria, mas os professores retrucam apontando a existência de R$ 7 milhões em caixa para essa finalidade.

PERSEGUIÇÃO

Eliene Silva acusa Vinícius Ibrann de perseguição política à APLB-Sindicato, que representa os trabalhadores da educação ao retirar a consignação sindical. “Por perseguição, o município não mais desconta [o imposto sindical]”.