Fundado há 14 anos, o grupo é formado por 18 membros que se reúnem a cada 15 dias

O clube do vinho Jorge Amado retoma as reuniões nesta quinta-feira (07), em Ilhéus. O encontro será às 19h, no Jardim Atlântico, zona sul da cidade, e acontece a cada 15 dias. O programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM, recebeu no estúdio o presidente Dr. Luís Eduardo, e o tesoureiro Dr. Plínio Torres, que falaram um pouco sobre o grupo, o mais antigo da Bahia, fundado há 14 anos. O clube conta com 18 membros. “a gente já colocou mais pessoas, mas chegou ao número ideal de 18 pessoas, por se tratar de uma degustação e uma conversa sobre vinhos. São duas horas de encontro para se falar exclusivamente sobre vinho. Um encontro enxuto”, explicou dr. Luís Eduardo. “Com mais pessoas acaba virando bate papo paralelo com outros assuntos, e a reunião não flui bem. Mas o grupo recebe convidados. A lista é passada antes e o membro que não pode ir, por compromissos profissionais ou outros motivos, a vaga se abre para um convidado ate para que a pessoa conheça o clube e em um surgimento de eventual vaga, a pessoa que gostou adentra o clube como membro. Não é um grupo fechado”, disse dr. Plínio.

Durante a conversa, Vila Nova, que faz parte do grupo desde a fundação e já foi presidente e tesoureiro, falou sobre o vinho branco e suas combinações com o clima da região. “Eu descobri no vinho branco várias qualidades e você pode harmonizar com muita coisa, a depender da uva. E um vinho mais refrescante que combina com o nosso clima tropical, com a culinária”, disse Vila.

Dr. Plínio Torres concordou e disse: a gente tem uma culinária muito baseada em frutos do mar e não poderia ser diferente. O branco aceita essa proposta com mais facilidade que o tinto. Os portugueses não concordam muito com isso. Em Portugal tem bacalhau com tinto. Mas aqui a gente tem o componente do clima e lá é mais frio. Aqui a gente vai reunir a culinária com frutos do mar com o calor que a gente tem quase o ano todo”, ressaltou.

A entrevista trouxe também algumas curiosidades. Dr. Plínio explicou o porquê que o vinho fica tinto, mesmo utilizando a uva branca (polpa). “pelo contato do vinho com a casca. Ela que tem o corante natural. Pra fazer o vinho branco na maioria das vezes você retira a casca antes da fermentação. E para o tinto você mantém. Aí você vai ter uvas com mais cor, que darão vinhos mais escuros, e outras uvas que vão te dar uma coloração um pouco menor porque a casca é mais fina ou tem menos corante. É o que acontece com o rosé, que tira bem antes. E hoje se voltou a utilizar o vinho laranja. É usada a casca do vinho branco, que fica um determinado tempo e pega uma coloração alaranjada”, explicou. Dr. Plínio trouxe outra curiosidade que eles aplicam nas reuniões. “A gente tem uma regra no clube. A gente compra vinho de todo o país, são diversas importadoras. E se o vinho chegou para a reunião um ou dois dias antes. A gente não serve. A gente guarda e vai para uma próxima para que o vinho possa descansar. O vinho precisa estabilizar. A adega inclusive serve para isso. Tem vinícolas no velho mundo, não me recordo o país, que tem que vinhos que ficam ouvindo música. Se isso vai influenciar eu sinceramente creio que não, acho um exagero”, declarou.

Outro assunto abordado foi sobre o aumento de vinhos falsificados no mercado. “A gente senta, planeja, analisa onde comprar, e é de procedência, e muitas vezes só pagamos quando o vinho chega. E as transportadoras estão aceitando de quem compra muito, para provar que não são falsificados.

O Sunset, evento que acontece sempre em fevereiro, não teve esse ano, mas deve ser realizado no meio do ano. O encontro faz parte do clube e é realizado sempre no fim de tarde com vinhos brancos e espumantes.

Confira a entrevista completa:

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