Nesta sexta-feira (12), OTabuleiro recebeu Helena Castro e Ellen Vieira, que fazem parte do Coletivo "8 de Março", em Ilhéus. Na entrevista, elas convidam as mulheres da cidade para participar do "Ato pela Vida das Mulheres" que acontece n

Nesta sexta-feira (12), OTabuleiro recebeu Helena Castro e Ellen Vieira, que fazem parte do Coletivo "8 de Março", em Ilhéus. Na entrevista, elas convidam as mulheres da cidade para participar do "Ato pela Vida das Mulheres" que acontece neste sábado (12), ás 9hrs, no semáforo do Paredão, Praça Coronel Pessoa.

"8 de Março" é um conjunto de mulheres que formam diversos coletivos e desenvolvem várias atividades, entre elas está este ato, que acontece no sábado. Entre as pautas da manifestação, estão o fim das violências contra a mulher e o feminicidio, com o questionamento: "ONDE ESTÁ CAROL?" Ilheense que desapareceu há mais de 2 anos, e até hoje não se tem noticias de seu paradeiro. Relembre aqui.

Além disso, a mobilização pede pelo fim da violência obstétrica; por emprego, salários e direitos iguais; rompimento da divisão sexual e racial do trabalho; ao fim da dupla jornada das mulheres, com a instalação de creches e escolas em tempo integral; pelo fim da fome, pobreza e caristia; contra o racismo; por soberania e segurança alimentar; em defesa do meio ambiente; defende politicas públicas para mulheres; legalização do aborto; revogação das privatizações e defesa do SUS. 

Helena aproveita para convidar todas as mulheres, em especial as pretas e periféricas, que são as que mais sofrem com as violências, pede que levem cartazes e que usem máscaras de proteção contra a Covid-19.

Ellen fala sobre o Coletivo Flor de Cacau, novo aqui na região, que estende a luta também pela segurança na saúde da mulher, em especial na obstetricía "o que acontece no Brasil, e Ilhéus, que as mulheres estão sendo maltratadas durante o período de nascimento de seus filhos nos hospitais?", questiona.

Sobre a legalização do aborto, elas dizem que é uma questão de direito à saúde, e uma escolha individual da mulher. Segundo Ellen, essa descriminizalição viria acompanhada de uma série de cuidados sexuais e reprodutivos.

Helena aponta também a questão da segurança alimentar, "o brasileiro precisa conseguir comer, a mulher precisa conseguir comer...Muitas mulheres além da responsabilidade por sua própria vida, ainda são reponsáveis por seus filhos, e muitas vezes, sozinhas, devido ao abandono parental", e aponta também o desemprego aliado a tudo isso.

Elas finalizam defendendo a aplicação de politicas públicas de incentivo aos pequenos agricultores e aproveitam para reforçar o convite para que as mulheres de áreas rurais também participem do "Ato pela Vida das Mulheres".