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CRÉDITO DE CARBONO: ILHÉUS PODE RECEBER QUASE R$1 MILHÃO COM PSA SÓ NA MATA DA BOA ESPERANÇA

CRÉDITO DE CARBONO: ILHÉUS PODE RECEBER QUASE R$1 MILHÃO  COM PSA SÓ NA MATA DA BOA ESPERANÇA
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 11/06/2024 15h05

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Messias, o carbono que o parque sequestra para o município pode ser disponibilizado para compra, no mercado da bolsa de valores

O programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM, voltou a tratar nesta terça-feira (11), sobre a importância do Parque Municipal Natural da Boa Esperança (foto José Nazal), situado na área da Mata da Esperança, em Ilhéus. O secretário municipal de Meio Ambiente de Ilhéus, Diego Messias, participou do programa e falou um pouco mais sobre o projeto, ainda em andamento, para incluir o local no PSA, Pagamento de Serviços Ambientais, o PSA. Segundo Diego, o carbono que o parque sequestra para o município pode ser disponibilizado para compra, no mercado de valores. Diego ressaltou que o local é muito importante, não apenas para Ilhéus, mas para região e para o mundo. "Se a gente não pensar que o que você faz não afeta só você, mas o outro também, a gente acaba não tendo essa visão de sustentabilidade e do problema climático que estamos enfrentando. Ilhéus já passa por isso, desde 2021, com aquela grande inundação e agora nós estamos vendo no Rio Grande do Sul. E o parque desenvolve essa importante função de sequestro de carbono. É uma floresta urbana com 456 hectares, muito importante para a nossa cidade. Uma floresta que está se regenerando de forma natural, sem intervenção humana e que o município tem custos. Tem guardas parques que trabalham todos os dias para tentar manter o local de forma intocada. Tem toda uma estrutura que serve aquilo. Se a gente puder monetizar, melhor ainda", disse.

O secretário explicou como funciona o processo de venda de carbono a partir da bolsa de valores e quanto o município pode arrecadar com isso. "Nós já fizemos um levantamento de mais ou menos quanto ficaria na bolsa de valores, no mercado verde. Existe um mercado de valores que você coloca seus créditos de carbono. Mas você precisa primeiro certificar. Ou seja, uma empresa ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), precisa certificar o parque, e tem que ser uma certificação contínua, porque se você está oferecendo carbono, tem que garantir que aquele carbono está sendo sequestrado e está ali. Então você tem esses créditos, que seriam como ações, daquela área, e ficam disponíveis para que as empresas ofertem, como na bolsa de valores. 

O projeto está em fase de andamento e já conversamos com uma empresa que, na época, era a única do Brasil que tinha a certificação da ONU para fazer isso. Nós fizemos o levantamento prévio de quanto ficaria mais ou menos e por alto, o parque receberia de pagamento em média R$980 mil por ano, pelo tamanho dele, só de crédito de carbono. Então conseguiria manter o parque só com o pagamento de serviços ambientais", declarou Diego. 

O secretário afirmou ainda que a empresa requisitada mencionou também que Ilhéus é um município que tem muito verde, inclusive nas áreas de agricultura, que daria para certificar também as propriedades. "Daria pra depois do projeto do parque, monetizar os agricultores que estão deixando a floresta em pé. Serem recompensados por um serviço que está fazendo para o mundo. Eu acredito que no próximo semestre o projeto já esteja finalizado para que seja implantado no parque e depois passe para para o município de forma geral, contou.

Confira a entrevista completa:

 

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