DESFILE DO 2 DE JULHO NÃO VAI ACONTECER PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA
Tradição acontece há 197 anos; homenagens serão simbólicas e sem público
As comemorações da Independência da Bahia nunca passaram por um baque como o do próximo Doisde Julho em seus quase 200 anos de história. A pandemia do coronavírus impôs uma nova rotina e impediu que baianos e turistas acompanhem o cortejo pelas ruas do Centro Histórico de Salvador. Ou mesmo que o fogo simbólico saia de Cachoeira em desfile, com destino à capital.
Membro do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia, Milton Moura conta que durante a II Guerra Mundial (1939-1945) o Carnaval chegou a ficar suspenso, mas o Dois de Julho continuou acontecendo normalmente.
No ano de 1943, por exemplo, a festa aconteceu debaixo de uma chuva muito forte. Há registros de uma multidão protegida com guarda-chuvas fazendo o cortejo.
O historiador Daniel Rebouças afirma que nem mesmo no período da Gripe Espanhola, que assolou o mundo a partir de 1918, houve algo assim, com a proibição de pessoas nas ruas.
O prefeito ACM Neto afirmou que uma parte da Fundação Gregório de Mattos até chegou a sugerir que o Caboclo desfilasse sem aglomeração e sem pessoas na ruas. Contudo, ele acredita que essa medida seria arriscada: pessoas poderiam querer seguir o percurso e moradores do Centro poderiam sair para as sacadas de suas casas para acompanhar o desfile.
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