DIRETORA DO 'MATERNO-INFANTIL' ALERTA PARA POSSIBILIDADE DE LOTAÇÃO E REFORÇA OBJETIVO DO HOSPITAL
O Materno, segundo a Diretora, foi criado com a finalidade de ser uma pediatria regulada. Sendo assim, o objetivo principal não é cuidar dos casos mais básicos, que podem ser atendidos em unidades básicas de saúde.
Nesta terça-feira (28), OTabuleiro recebeu Domilene Borges, diretora geral do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio. Na entrevista, comandada pelo Comunicador Vila Nova, Domilene explica o funcionamento e importancia da instituição, e alerta para possibilidade de "superlotação" na unidade.
O Hospital Materno-Infantil, em Ilhéus, pertence a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e é gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família, "foi um hospital criado com o perfil para atender gestantes e crianças. A gente faz o acompanhamento desde o pré-natal de alto risco até o parto, tanto cesariano, quanto normal e também a pediatria, com crianças abaixo de 15 anos". Domilene destaca, no entanto, que a cesariana não é a prioridade do hospital.
O Materno, segundo a Diretora, foi criado com a finalidade de ser uma pediatria regulada. Sendo assim, o objetivo principal não é cuidar dos casos mais básicos, que podem ser atendidos em unidades básicas de saúde, "recebemos crianças em casos mais graves, que precisem de um tratamento clínico mais especializado. Essas crianças chegam via regulação ou SAMU".
O acolhimento de classificação de risco utilizado pelo Hospital é o 'Protocolo de Manchester'. Ele define quatro estágios de risco para atendimento, "no verde e azul, são as crianças em que os casos de saúde não demandem tanto risco, como febre e dor de cabeça, que podem ser resolvidos na atenção básica. Eles levam um tempo de espera de até quatro horas para serem atendidos". Já as classificações amarela e vermelha, demandam uma atuação imediata da equipe médica ou de enfermagem pois apresentam risco de vida.
Domilene aponta que a demanda de pediatria aumentou bastante nos últimos meses devido a uma falta de conhecimento da população, que solicita um atendimento que não é de objetivo principal do Hospital, "entre 75% a 80% dos atendimentos foram com a classificação de risco entre verde ou azul [...] A gente vem trabalhando isso com a populção, com as pessoas que chegam ao Materno, orientando. Temos feito isso também com a imprensa".
O Hospital Materno-Infantil vem recebendo uma demana muito grande de outras cidades da região, especialmente na área de obstetrícia, "isso tem sido uma preocupação muito grande. Se uma mulher chegar hoje aqui para parir, eu não tenho vagas. Todos os 49 leitos da obstetrícia estão ocupados".
A unidade foi criada com o objetivo de atender a 20 municípios. No entanto, essa demanda mais do que quadriplicou, "no ano passado foram 110 municípios. A receita do hospital é de R$ 5 milhões para atender a todos os serviços [...] A gente precisa fortalecer essa questão de cada unidade absorver o seu perfil e cada município direcionar sua população para aquela unidade de referência".
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