Ela citou que os custos do parto natural são mais baixos que uma cesariana.

Em entrevista ao programa O Tabuleiro, rádio Ilhéus FM 105.9, a dra. Tirza Sathler abordou na manhã desta segunda-feira (20) a prática da fisioterapia na saúde da mulher, com foco na maternidade. Segundo a profissional, a fisioterapia na maternidade é algo relativamente novo e vem sendo implantado gradualmente, tendo sua maior efetivação no Sudeste, mas sendo bastante incentivada pela Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM) pelos bons resultados atribuídos à esta aplicação nos períodos de pré e pós parto, assim como durante o trabalho de parto em si.

“Quando a gente tem uma gravidez de alto risco, mulheres com complicações que às vezes precisam ficar acamadas, como por exemplo uma ruptura de bolsa prematura ou aumento do risco de uma trombose venosa profunda, o fisioterapeuta pode atuar nessa prevenção”, explica a especialista sobre a execução desta atividade no pré-parto. “Quando a gente pensa numa mulher saudável, de risco habitual, que está sendo internada na hora de ter o bebê, o fisioterapeuta pode trabalhar a biomecânica da pelve, quando ocorrem intervenções que dificultam o processo de parto vaginal, tendo em vista evitar um parto cesariano sem necessidade.” O parto por cesárea apresenta maior risco em relação ao parto normal e um dos objetivos da fisioterapia na maternidade é diminuir os casos de mulheres que muitas vezes são levadas à uma cirurgia invasiva por falta de informações adequadas.

“Olha o tamanho do mundo, se mulher não soubesse parir a gente não estaria aqui, cesárea é algo novo, cesárea é super recente na história da humanidade. [...] Falando de evidência científica, a cesariana deveria ser um procedimento de saída.” No que se estende ao pós-parto, a dra. comenta que o fisioterapeuta “pode atuar na amamentação, na recuperação do assoalho pélvico que é toda a musculatura e outros tecidos que sustentam os órgãos na pelve, prevenindo incontinência urinária, prolapsos de órgãos pélvicos (conhecido como bexiga baixa), prevenindo também incontinência anal que é perda de fezes, sem querer, e perda de flatos.” Outro destaque importante que a profissional apresenta é a relação de custos entre o parto vaginal e o parto cesáreo. “Em um estudo de 2019 foi constatado que o parto vaginal é 32% mais barato do que o parto cesariano, quando incluído também o tempo de internação.” Ela ainda aponta que mesmo com a contratação efetiva de um fisioterapeuta para auxiliar no processo do parto vaginal, os custos desta modalidade de parto são menores do que uma cirurgia cesariana.

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