JABES NÃO DECLAROU APOIO EM CARTA POR RESPEITO A ALIADOS, AFIRMA VALDERICO JUNIOR
Valderico Junior disse ainda que não houve briga com o ex-prefeito ACM Neto
O pré-candidato a prefeito de Ilhéus pelo União Brasil, Valderico Junior, avalia que, na Carta aos Ilheenses, o ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP) não declarou apoio a ele, Valderico, por respeito a aliados. No documento, Jabes formalizou a retirada da pré-candidatura a prefeito.
Segundo Junior, a declaração de apoio de Jabes Ribeiro ao seu nome veio, de forma explícita, na última reunião da frente partidária, no mesmo sábado (13) da divulgação da Carta.
Em entrevista ao PIMENTA, o pré-candidato do União Brasil também falou do diálogo com outros partidos que não integram a base do Governo Jerônimo Rodrigues, apontou a unidade como única forma de vencer o pleito de 6 de outubro, rechaçou a notícia de briga e comentou o papel do vice-presidente nacional do UB, ACM Neto, na construção da aliança partidária em Ilhéus.
PIMENTA – O que foi determinante para a decisão do ex-prefeito Jabes Ribeiro de retirar a pré-candidatura?
VALDERICO JUNIOR – Fizemos várias reuniões, análises. União Brasil e PP sabem da importância da unificação. Somente assim poderemos ter competitividade para ganhar as eleições. Fizemos várias pesquisas, com fontes distintas, e construímos os critérios, dentre eles, intenção de voto, que é primordial. Tem que ter voto. Não adianta não ter rejeição e não ter voto. A gente tem perspectiva de crescimento e estabeleceu critérios como intenção de voto, rejeição, transferência de voto, embate direto e desejo da cidade, principalmente isso, com [pesquisas] qualitativas. E chegamos num denominador para ter unidade. É difícil. São várias pessoas, várias mentes, mas a gente tem a necessidade de caminhar em conjunto para ter um time forte e competitivo para ganhar as eleições.
Pesou o entendimento de que seu nome tem maior viabilidade eleitoral e melhores condições de unir a oposição?
Isso. Reúne as melhores condições para poder disputar a eleição com a oposição unificada.
Na Carta aos Ilheenses, o ex-prefeito não fez declaração de apoio. Ele fez isso na reunião de sábado?
Sim. A Carta exige muito cuidado. São muitas pessoas e muitos sentimentos envolvidos, uns bons, outros ruins. A gente precisa ir dialogando e construindo. Mas, o próprio ex-pré-candidato Jabes Ribeiro pontuou, na reunião com a frente ampla, a sua decisão de apoiar, seguindo um compromisso feito não só comigo, mas com todos, de apoiar a candidatura escolhida pelo grupo, e a gente poder criar as melhores condições. Isso foi declarado na reunião da frente ampla. E, se não me engano, na segunda ou terceira frase da Carta, ele fala que continuará seguindo [a posição da frente]. Ele não cita o nome do pré-candidato do União Brasil, mas por uma questão de respeito aos seus.
Qual foi o papel de ACM Neto nessa construção?
Fundamental. Lá em 2022, a gente começou todo o processo e visualizou essa união. Todo esse grupo, reunido em prol da candidatura de ACM Neto, conseguiu colocar 10 mil votos de frente para o Governo [do Estado], que investiu na cidade e pensava que tinha hegemonia aqui. No voto a gente mostrou que, com união, é possível lutar. E Neto foi fundamental nessa transparência dos critérios, dos dados, para que pudéssemos chegar firmes nessa consolidação. Diferente do que foi dito por parte da mídia, não teve briga. [A escolha do candidato] foi totalmente construída por várias mãos. Estou feliz, otimista e com o entendimento de que a gente tem muito o que somar para evoluir.
Qual foi a reação das pessoas nesses primeiros dias após o anúncio do ex-prefeito?
As pessoas reconhecem a força e a história política do ex-prefeito Jabes Ribeiro. Uma decisão como essa dá uma energia muito grande. Junto com o desejo da cidade de renovar, ter o apoio do grupo do PP e dos outros partidos da frente, onde nós estamos discutindo caso a caso para poder ter essa unidade e para que as pessoas possam confiar no projeto como um todo, que vem sendo construído por todos eles. Eu gostaria muito da participação desses partidos não só para ganhar a eleição, mas para pensar e administrar Ilhéus. O calor do povo tem sido cada vez mais forte. A gente sente isso no apertar de mão, no abraço, nas palavras.
E as lideranças da frente partidária, como reagiram?
Cada um tem seus compromissos com seus pré-candidatos e sua linha, mas a racionalidade tem sido predominante. Por mais que você goste mais do candidato A, B ou C, você entende que, com unidade, a gente tem viabilidade para ganhar – e é o único jeito que nós temos. Temos discutido bastante, cada um com seu tempo e sua maneira, mas com a responsabilidade da discussão de um projeto para Ilhéus.
O PP condicionou o apoio à indicação do vice da sua chapa?
Não. Mais uma vez, a importância da experiência do ex-prefeito Jabes Ribeiro, que se colocou à disposição para discutir o melhor nome, a melhor composição, para que a gente agregue mais no processo político. Não adianta simplesmente cargos por cargos, partido A, B ou C impondo que vai indicar a vice. A melhor composição, a maior viabilidade, é o que precisa ser pensado para ganhar as eleições.
A definição do vice vai ficar para a reta final do prazo das convenções?
Isso está sendo discutido no dia a dia. Estamos buscando o melhor entendimento. Se Deus abençoar e a gente conseguir fazer as composições e construir unidade em um tempo menor, não tem por que segurar tanto. Claro, temos o prazo legal, a partir do dia 20 agora até o dia 5 do próximo mês.
Procede que você conversou sobre possível aliança com o PT?
Não. Em nenhum momento foi conversado sobre possível aliança. Comigo, pelo menos, não. Represento o União Brasil na cidade e tenho diálogo e amigos em todos os partidos. Sou um ser político e tenho capacidade de dialogar com qualquer um. Não há inimigo, há divergência política, um olhar diferenciado, prioridades diferentes. É em cima disso que a gente trabalha. Dialogo, dialogarei com qualquer um que seja, mesmo não estando no mesmo campo. O diálogo é bom para tudo, mas respeitando o espaço de cada um. Mas, repito, não conversei com o PT sobre aliança em Ilhéus.
Como andam as conversas com o pré-candidato Augustão e o PDT?
O PDT é importante nesse processo. Temos construído uma boa relação. Claro, eles têm os pensamentos deles e nós temos os nossos. O tempo é cada vez mais curto e esse diálogo tem sido mais frequente. Sempre tive uma excelente relação com Augustão. Sempre respeitei muito o presidente Humberto [Neto] e toda a sua equipe. Tenho um caminho super aberto de diálogo com eles para a gente construir o melhor conjunto para a cidade de Ilhéus.
Fonte Blog Pimenta
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