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OBRA DE PEDRO LOPES ABORDA HISTÓRIA DE 4 JOVENS GAYS, MORADORES DE UMA CIDADE DO INTERIOR BAIANO, E EM PROCESSO DE ACEITAÇÃO EM MEIO AO PRECONCEITO E CONSERVADORISNO, NOS ANOS 70

OBRA DE PEDRO LOPES ABORDA HISTÓRIA DE 4 JOVENS GAYS, MORADORES DE UMA CIDADE DO INTERIOR BAIANO, E EM PROCESSO DE ACEITAÇÃO EM MEIO AO PRECONCEITO E CONSERVADORISNO, NOS ANOS 70
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 26/07/2024 10h59

O livro ilustra um retrato sensível de uma juventude forçada a viver sob as sombras da mentira, mas também disposta a desafiar a realidade opressora da época

O escritor, economista e professor titular da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Pedro Lopes, participou do programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM, nesta sexta-feira (26), para falar sobre o lançamento de sua obra literária, que traz um tema bastante importante para a sociedade e rico em histórias. "Os dezembros da minha vida", é um livro para se libertar das amarras sociais e narra a jornada de aceitação pessoal de quatro jovens gays que moram em uma pequena cidade no interior do sul da Bahia, na década de 1970, e que têm as trajetórias entrelaçadas por um pacto silencioso: esconder a orientação sexual. "A história de passa na cidade fictícia de Itamarã, onde moram Carlos, Roberto, Elias e Abraão. O romance acontece no período de 1070 a meados de 1990. Essa cidade tem apenas 4 ruas, pracinha, aquela típica cidade do interior. E esses jovens se veem envolvidos em um 'mexerico', como eram chamados fofoca e fake News atualmente, de que eles seriam gays. Agora imagina para esses meninos naquele pequena cidade, serem taxados como gays. Uma cidade tão pequena do interior do nordeste. Eles, que são pré-adolescentes, entram em desespero, porque três deles são filhos de famílias tradicionais da cidade, no caso grandes produtoras de cacau, que mandavam na cidade", contou Pedro.
O livro é narrado por Carlos, em formato de um diário intimista, que revisita dores do passado para explicar o presente dos protagonistas e retratar essas batalhas internas. No decorrer da história, um dos jovens tem a ideia de eles firmarem um pacto de masculinidade. Um dos primeiros passos para esse pacto é a ida a um prostíbulo. "Um menino não poderia chegar aos 15 anos sem ir ao prostíbulo naquela época. Se ele chegasse a essa idade sem ir ao local, a família levava obrigado porque já começava a 'desconfiar'. Os quatro eram virgens, até então, e passam a beber, porque os machos daquela cidade tinham que beber até cair para mostrar que eram homens, e passam a proferir palavras agressivas às mulheres, quando elas passam, e se tornam pessoas violentas, brigões mesmo. E passam a ser chamados de 'os cãezinhos de Itamarã', e se tornam respeitados na cidade e na região", disse Pedro.
A obra detalha o processo de aceitação pessoal desses jovens, em meio ao preconceito e conservadorismo da época, e ilustra um retrato sensível de uma juventude forçada a viver sob as sombras da mentira, mas também disposta a desafiar a realidade opressora da época.
O livro está disponível para venda na versão impressa (Amazon, Submarino Americanas - R$ 50,00), e na versão E-book (Amazon e Googleplay - R$ 25,00).
Confira a entrevista completa:

 

 

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