PETROBRAS QUER CONCLUIR RETORNO À REFINARIA DE MATARIPE AINDA NO PRIMEIRO SEMESTRE, DIZ JEAN PAUL PRATES
Segundo o executivo as equipes da Petrobras e do fundo Mubadala fecharam acordo para intensificar os trabalhos para que a empresa volte à refinaria logo após o feriado de Carnaval
A Petrobras pretende finalizar o retorno à refinaria de Mataripe, privatizada no fim de 2021, ainda no primeiro semestre deste ano, informou nesta terça-feira (13) Jean Paul Prates, presidente da companhia.
O executivo afirmou, em postagem na rede social X (antigo Twitter), que as equipes da Petrobras e do fundo Mubadala fecharam acordo para intensificar os trabalhos para que a empresa volte à refinaria logo após o feriado de Carnaval.
“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024”, disse Prates no X. Ele prossegue: “Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”.
Prates postou após sair de reunião com o presidente do conselho de administração do Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, “com quem vínhamos conversando desde o início do ano passado sobre os investimentos do Fundo Mubadala no Brasil”.
No post, o presidente da Petrobras salientou que equipes da empresa tem trabalhado há meses para “construir uma parceria que visa recuperar a operação da refinaria Landulpho Alves – Mataripe (RLAM).”
Ele afirmou também que “ampliaremos e aprimoraremos juntos o empreendimento de biocombustíveis do grupo no Brasil”. O Mubadala tem planos de produção de biocombustíveis na refinaria a partir da macaúba, espécie vegetal regional.
A Acelen vem preparando investimentos de R$ 12 bilhões no período de dez anos para produção de diesel verde e querosene de aviação renovável (HVO e SAF, respectivamente, nas siglas em inglês).
A viagem a Abu Dhabi foi mais uma escala do périplo iniciado por Prates e comitiva da Petrobras na semana passada por países da Ásia, África e Oriente Médio em busca de oportunidades de investimentos.
A refinaria de Mataripe foi vendida ao Fundo Mubadala Capital em novembro de 2021. Em dezembro daquele ano, a Acelen, empresa formada para gerir a refinaria, assumiu a gestão do ativo.
Mataripe foi a primeira refinaria vendida pela Petrobras, como parte de um amplo programa de desinvestimentos da estatal. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o plano de venda de ativos foi suspenso e a retomada do ativo passou a ser considerada como uma das prioridades da companhia.
Ainda de acordo com Prates, na reunião também foram debatidos cenários do setor de petróleo e gás e os efeitos da transição energética sobre o segmento.
Fonte Valor
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