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POLÍTICOS BAIANOS APONTAM DISCRIMINAÇÃO RACIAL EM AGRESSÃO SOFRIDA POR UNIVERSITÁRIO DE ILHÉUS NA RODOVIÁRIA DE SALVADOR

POLÍTICOS BAIANOS APONTAM DISCRIMINAÇÃO RACIAL EM AGRESSÃO SOFRIDA POR UNIVERSITÁRIO DE ILHÉUS NA RODOVIÁRIA DE SALVADOR
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 19/07/2019 18h55

POLÍTICOS BAIANOS APONTAM DISCRIMINAÇÃO RACIAL EM AGRESSÃO SOFRIDA POR UNIVERSITÁRIO DE ILHÉUS NA RODOVIÁRIA DE SALVADOR

Políticos baianos manifestaram repúdio contra as agressões sofridas pelo universitário Vinícius Vieira por parte de seguranças da Estação Rodoviária de Salvador, na noite desta quarta-feira (17). O caso teve ampla repercussão em toda a Bahia e culminou no afastamento dos envolvidos.

Em vídeo publicado pelo próprio Vinicius nas redes sociais, fiscais do terminal aparecem agredindo o estudante com tapas e o expulsando do local, mesmo com o jovem alegando que é passageiro contumaz e que aguardava o ônibus para São Francisco do Conde, onde estuda.

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) cobrou da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) a apuração caso sofrido pelo estudante da Unilab. “Não da para classificar como outra coisa que não seja racismo o episódio vivido pelo estudante da Unilab, Vinicius Vieira. E, neste caso, trata-se do racismo institucional. É preciso que a Agerba apure imediatamente este caso e puna os envolvidos”, disse a deputada no Twitter.

No Senado, Lídice foi presidente da CPI que investigou os assassinatos de jovens e o relatório apresentado pela comissão mostrou que a violência racial estava entre os principais motivos para diversos dos homicídios registrados. “Há mais ou menos um ano, o vereador Sílvio Humberto já tinha denunciado uma situação aqui em Salvador, onde jovens negros precisariam utilizar camisas para comprovar que estavam cursando a universidade e, desta forma, não serem considerados suspeitos. É um absurdo que coisas assim ainda aconteçam numa cidade majoritariamente negra como Salvador”, finalizou a parlamentar.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) também repudiou o caso. “Nosso total apoio ao estudante. Casos como esse não podem acontecer. Uma abordagem violenta e desnecessária. Um absurdo! Esse caso precisa ser levado ao conhecimento dos responsáveis e esse funcionário precisa sofrer as punições cabíveis!”, declarou, em nota. Para a parlamentar, falta formação em direitos humanos para esses profissionais. “Eles cuidam da segurança das pessoas, precisam ser melhor preparados. Uma abordagem não pode ser feita de maneira violenta, é um caso de racismo e precisa ser combatido” finaliza a deputada.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Democracia da Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) disse que o colegiado está à disposição para acompanhar o caso junto com o estudante. A petista disse ser fundamental que as terceirizadas que prestam serviço para o estado e o município tenham formação em direitos humanos para que o racismo seja combatido e casos como este não se repitam.

“Nos vídeos publicados pelo estudante, fica nítido o absurdo do ocorrido, mais um caso de racismo. Para além do afastamento dos profissionais, é preciso que a empresa seja ouvida. Precisamos cobrar formação em direitos humanos das empresas que prestam serviço para que o racismo seja combatido”, declarou. “Estamos num momento no País que casos de racismo tem sido cada vez mais frequentes, com um presidente que propaga discurso de ódio e de classe.  Não podemos deixar passar, de jeito nenhum, principalmente na Roma Negra que é Salvador”.

 

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