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POSSÍVEIS MANOBRAS AMEAÇAM DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO SUL, ALERTA ISAAC ALBAGLI

POSSÍVEIS MANOBRAS AMEAÇAM DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO SUL, ALERTA ISAAC ALBAGLI
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 13/08/2024 11h21

Isaac Albagli foi secretário do município de Ilhéus, presidente da Bahia Pesca S.A. e primeiro presidente da ZPE – Ilhéus

Com a proximidade das eleições de outubro, é fundamental que os três candidatos a prefeito, com chances reais de vitória, estejam atentos a possíveis manobras que possam comprometer o desenvolvimento de Ilhéus e região, que aguardam ansiosamente desde 2008 a operação do Porto Sul.

O primeiro alerta é sobre nossa Zona de Processamento de Exportação (ZPE), cuja concessão está suspensa desde o final do governo Bolsonaro. A subconcessionária ZPE BAHIA já entrou na justiça para tentar reverter a suspensão, mas acredito que essa reversão dependa do governo federal. Contudo, enfrentamos um obstáculo: o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, é paulista, e historicamente, os paulistas são contrários ao programa das ZPEs. As forças políticas locais precisam acionar urgentemente o ministro Rui Costa e os três senadores baianos para reverter essa situação.

O programa das Zonas de Processamento de Exportação se arrasta desde o governo Sarney, e sua inviabilização se deve, em grande parte, a uma legislação pouco atraente para os empreendedores.

Outro alerta, ainda mais grave, envolve a BAMIN, que enfrenta notórias dificuldades financeiras e está à venda. Um dos potenciais compradores é a VALE S.A., maior mineradora do Brasil e uma das maiores do mundo. Em princípio, a aquisição pela VALE seria positiva, pois possuem grande capacidade financeira. Contudo, existe um risco significativo de que a VALE compre a BAMIN e interrompa o projeto para eliminar a concorrência.

Mais do que nunca, Rui, Wagner, Otto, Coronel e toda bancada baiana precisam se mobilizar. Caso o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – aprove essa possível aquisição, seria prudente estabelecer uma cláusula impondo um prazo para a conclusão do projeto, sob pena de reversão ao Governo Estadual.

Vale lembrar que a Vale do Rio Doce está em processo de escolha de um novo presidente. Vamos torcer para que seja um baiano, o que diminuiria os riscos.

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