“Precisamos defender o setor . Vai ao desencontro ao desenvolvimento e geração de emprego e renda do município” , pontuou.

O presidente da Associação de Turismo de Ilhéus, Atila Eiras, participou do programa O Tabuleiro, Ilhéus FM 105.9 desta quinta-feira (22) e comentou sobre a reforma administrativa do executivo municipal que já   encaminhada à Câmara de Vereadores onde algumas secretarias , como a de Turismo, foi rebaixada à secretaria especial.  “ Estamos indo na contramão do que acontece no mundo. Como pode pegar uma secretaria desta se tornar especial, assim como meio ambiente, cultura e esporte e lazer”, disse Átila acrescentando a importância econômica do setor turístico que movimento todos os outros segmentos. 

“Precisamos defender o setor . Vai ao desencontro ao desenvolvimento e geração de emprego e renda do municipio” , pontuou. 

Segundo ele, os empresários e profissionais de turismo que atuam na cidade sempre esperou, porém nunca conseguiu ver um comportamento do Poder Público para fomentar o setor e tornar Ilhéus uma cidade turística e não só com potencial turístico. “ A gente não consegue fazer nada, é um desestímulo para os envolvidos”, disse ao citar toda a cadeia produtiva que envolve o turismo. 

Como a reforma ainda não foi aprovada pela Câmara de Vereadores, Eiras disse que vai tentar no coração dos vereadores. “ Ainda vai ser votado , a gente vai lutar. Não podemos deixar passar”, afirmou. A ATil vem mantendo diálogos com o atual secretário de Turismo , Fábio Manzi Jr. "Conversamos todo dia. Ele também está preocupado. Temos fazenda de chocolate, cultura, belezas naturais e não conseguimos colocar para fora”. 

Após a entrevista do presidente,  Maria do Socorro Mendonça, presidente do Instituto Nossa Ilhéus, participou do programa e fez diversos questionamentos sobre a reforma administrativa.

“Se você for falar de turismo tem que falar do meio ambiente. Tudo envolve as questões ambientais e urbanísticas. Como vamos pensar em turismo sem história e sem memória? Como podemos evitar os grandes problemas que causam a violência sem desenvolver o esporte?” , indagou Socorro ao citar as outras secretarias que também estariam rebaixadas no caso da reforma administrativa ser aprovada do modo que foi enviado.   

“Qual o objetivo dessas secretarias. É um grande equívoco", disse 

A especialista em mobilidade urbana, Peolla Paula Stein, professora da Universidade Federal do Sul da Bahia, também participou do programa e comentou sobre a reforma administrativa. 

“A gente não tem secretária de urbanismo e nem de meio ambiente. Como pode uma coisa dessa ?  A palavra mobilidade sequer aparece na reforma administrativa. A secretaria deixa de existir e no que tange a mobilidade não tem setor destinado”, pontuou a especialista. 

“Precisamos pensar com  carinho sobre a cidade que a gente quer com questões básicas como urbanismo, cultura , turismo e esporte.  Ainda dá tempo de abrir uma discussão e pautar o que é importante para a cidade”, acrescentou.