PREFEITURA DE PORTO ALEGRE REPASSOU R$ 57 MILHOES PARA EMPRESAS DE ÔNIBUS E NÃO R$ 15 MILHÕES COMO DISSE JERBSON MORAES
Segundo matéria, em razão de acordos judiciais entre prefeitura e empresários, o município já repassou R$ 57,6 milhões aos operadores do sistema.
Após o presidente da Câmara de vereadores de Ilhéus, Jerbson Moraes, afirmar que o subsídio recebido pelas empresas de onibus em Porto Alegre é o mesmo valor do valor pago em Ilhéus. A redação do O Tabuleiro constator em uma matéria do jornalista Alberi Neto em que mostra que o montade pago no Sul do País, foi maior. Segue:
Pandemia, distanciamento social e redução das atividades econômicas. Uma trinca que tirou pessoas das ruas para evitar um cenário ainda pior em relação ao coronavírus, mas expôs a crise de setores que agonizavam há tempos. É o caso do transporte público.
Se a discussão sobre a viabilidade do sistema vinha sendo acentuada com a redução dos passageiros ano a ano, a pandemia fez o número usuários despencar vertiginosamente e trazer tom de urgência para a conversa. Com isso, um ponto que era discutido há tanto tempo quanto a crise do sistema acabou entrando em prática, mesmo sem um consenso sobre seu uso. São os subsídios públicos. Para manter ônibus municipais operando, prefeituras obrigaram-se a repassar aos sistemas algum tipo de compensação que equilibrasse a operação.
Desde o início da pandemia, em valores diretos ou compra de passagens para programas sociais, oito prefeituras da Região Metropolitana repassaram aos seus respectivos sistemas municipais mais de R$ 75 milhões — sem contar outras medidas como isenções ou redução de impostos, aumento de vida útil dos ônibus, revisão de gratuidades, entre outros.
A maior fatia do valor é de Porto Alegre. Por aqui, em razão de acordos judiciais entre prefeitura e empresários, o município já repassou R$ 57,6 milhões aos operadores do sistema. O valor poderia ser bem maior, mas a utilização da Carris para assumir linhas privadas diminuiu a conta — além de outras medidas, como a compra de passagens antecipadas distribuídas para pessoas de baixa renda por meio de programas sociais. Com a privatização da Carris engatilhada pela prefeitura, esse tipo de manobra não será mais possível no futuro. O subsídio público para o transporte, entretanto, ainda deve permanecer por algum tempo na pauta. Assim como diversos outros setores da vida, a demanda por transporte público não voltará aos patamares anteriores ao da pandemia, como avaliam especialistas e gestores públicos.
Demanda em queda
Conforme dados de 11 cidades da Região Metropolitana, o transporte municipal tem levado uma média de 15,7 milhões de usuários por mês — são giros de roleta, não usuários únicos. O número pode parecer alto, mas é metade do que se transportava antes da pandemia. Em Porto Alegre, por exemplo, a média de passageiros transportados por dia útil em agosto foi de 493.908 — antes da pandemia, eram 836.441, redução de 40,9%.
E dentro dessa fatia, ainda existem as gratuidades — usuários que não pagam a passagem, como os idosos. A grande desvantagem do transporte público com outros modelos de transporte é essa, enquanto aplicativos de transporte e táxis, por exemplo, tem 100% dos usuários pagantes, os ônibus ficam com as gratuidades — que é válido ressaltar, têm sua importância social.
— O poder público precisa encontrar um caminho para que os outros meios de transporte de uma cidade também sejam onerados pelas gratuidades. Hoje, só ônibus transporta isentos — pontua Cristian Isse, diretor-executivo da Expresso Assur, empresa que opera o transporte municipal de Guaíba.
Deixe seu comentário para PREFEITURA DE PORTO ALEGRE REPASSOU R$ 57 MILHOES PARA EMPRESAS DE ÔNIBUS E NÃO R$ 15 MILHÕES COMO DISSE JERBSON MORAES