Segundo Ronaldo Prata, a abordagem dos motoristas de aplicativo na chegada dos turistas é o resultado de um comportamento dos próprios taxistas.

Nesta quinta-feira (5), OTabuleiro recebeu Damasceno Santos e Ronaldo Prata, da Associação Ilheense de Motoristas de Aplicativo (AIMA),  que representa os motoristas em Ilhéus. Na entrevista, comandada pelo Comunicador Vila Nova, eles falaram sobre o recente caso de agressão envolvendo taxistas e motoristas por aplicativo no Aeroporto Jorge Amado.

Damasceno confirmou que o profissional envolvido na briga é um motorista de aplicativo e lameta o ocorrido: "A AIMA não compactua com esse tipo de comportamento. Nos sentimos muito envergonhados. Ele é sim motorista de aplicativo, nós não absorvemos quem faz transporte clandestino, todos que estão ali no aeroporto são sim motoristas de aplicativo. A SUTRAM faz uma fiscalização muito séria quanto a isso e a Polícia Militar também", afirma.

Segundo Ronaldo Prata, a abordagem dos motoristas de aplicativo na chegada dos turistas é o resultado de um comportamento dos próprios taxistas: "A situação que acontece hoje é por conta do que acontece do outro lado, que nos chamam de ladrões, bandidos e diversos títulos, isso faz com que os passageiros cancelem as corridas. O motorista ficou preocupado e começou a ir lá pra frente, ele se sentiu obrigado a abordar o passageiro para ter o direito de fazer o seu trabalho".

Ronaldo afirma ainda que existem taxistas de outras praças atuando no Aeroporto Jorge Amado: "Pra gente exigir temos primeiro que andar direito. Quando as saídas do aeroporto eram divididas todo mundo vivia em sua paz, cada um em seu lugar, mas quando criou-se um único corredor de entrada e saída as pessoas não conseguem mais viver em paz, desnecessária essa forma agressiva de comportamento um com o outro. Do jeito que está não dá para ficar". 

Damasceno afirma que a AIMA está implantando uma campanha para melhorar a convivência com os taxistas: "Nós não somos concorrentes, somos parceiros dentro da mesma atividade que exercemos. Temos amigos e parentes taxistas e essa situação está feia para a cidade. Faço um apelo aos motoristas de aplicativo: Não se deixem contaminar". 

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