“Muitas transições feitas Brasil afora são de faz de conta. É comum a má vontade do candidato derrotado não quer entregar o ouro para seu adversário”, disse.

O advogado e especialista em direito eleitora e membro consultor da Comissão de Direito Eleitoral do CFOAB ( Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil) ,  Sidney Neves,  bateu um papo com o comunicador Vila Nova na manhã desta quinta –feira (16), durante participação no programa O tabuleiro-Ilhéus FM 105.9,   e comentou como serão as eleições municipais em tempos de pandemia causada pelo novo coronavírus. Vila Nova questionou sobre o tempo de transição, que será reduzido diante do cenário mundial e das mudanças no calendário eleitoral, e que pode atrapalhar o processo em casos de candidatos que assumirão o poder. “É necessário que aquele que vá assumir um cargo público já saiba das necessidades da população”, afirmou o advogado e acrescentou de que no próximo pleito não haverá transição como antes.

 “Muitas transições feitas Brasil afora são de faz de conta. É comum a má vontade do candidato derrotado não quer entregar o ouro para seu adversário”, disse.  

Uma das mudanças causadas no período de pré- campanha devido a pandemia foram o adiamento de das convenções partidárias e Sidney considera positiva. “Muita gente boa vai ter tempo de refletir se pode fazer uma composição para achar o melhor nome. As eleições não serão como antes”, opinou.

O especialista exemplificou que muitas atitudes de campanha perderam força,  como por exemplo os comícios,  e este ano ele prevê uma intensificação de campanhas nas redes sociais e fez um importante alerta para aos pré-candidatos em relação ao disparo de anúncios em massa. “Um impulsionamento não é proibido. Se você impulsiona muito pode ter problemas, a justiça vai avaliar se houve uso abusivo ou não”, orienta.

Em tempos de crise econômica é comum ver pré candidatos a prefeitos e vereadores em todo pais fazendo distribuição de cestas básicas e outros auxílios à famílias carentes. Sidney foi enfático ao falar sobre atitudes assim: Quem quiser fazer caridade, faça de coração e não com intenção eleitoral”, aconselha.  “Não se iludam. O suplente e o ministério público podem ir pra cima depois que estiverem no cargo, disse. Clique e ouça na integra a entrevista com Sidney Neves.