Líder progressista destaca a importância de um projeto estratégico e alerta para os desafios da oposição no cenário nacional e estadual

Nesta sexta-feira, 24 de janeiro, o secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, participou do programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, onde analisou o atual cenário político nacional e estadual, destacando a necessidade de uma reorganização da direita em preparação para as eleições de 2026.

Durante a entrevista, Jabes reforçou que a oposição precisa apresentar um plano estratégico e um projeto sólido para enfrentar os próximos pleitos. Segundo ele, partidos de centro e direita devem se organizar para contrabalançar a força da máquina pública e do governo federal. "Os setores de centro precisam se organizar, precisam se movimentar. Eu acho que está na hora de sentar e montar um projeto, um projeto de discussão política. A eleição, em tese, já começou", declarou.

Questionado sobre as movimentações internas do PP, Jabes destacou a liderança emergente do prefeito de Jequié, Zé Cocá, e comentou o recente encontro do gestor com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. “É natural essa convivência entre polos diferentes, cujo objetivo é o bem-estar da população, da sociedade. O Zé Cocá deixou muito claro que agora o foco é atender às reivindicações de Jequié”, explicou.

No plano nacional, Jabes chamou atenção para o impacto que questões como a saúde do presidente Lula e a reforma ministerial podem ter no cenário político. Ele citou rumores sobre a possível ida de Arthur Lira para o governo federal e destacou a importância de analisar como essas movimentações podem afetar o futuro do PP e da oposição.

Sobre os possíveis nomes da direita para a disputa presidencial, Jabes apontou Tarcísio Freitas, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, mas destacou que dois deles, no momento, não possuem abrangência nacional consolidada. “Se Lula for o candidato, Tarcísio não será. Ele prefere disputar a eleição em São Paulo, onde tem grandes condições de vitória. Caiado é um nome restrito a Goiás. E Zema, governador de Minas Gerais, também é algo muito restrito. O jogo está aberto”, afirmou.

Jabes também alertou para os riscos de centralizar o projeto da oposição em apenas um nome, como ACM Neto, defendendo uma abordagem mais ampla. “Nesse grande projeto, não se deve partir da tese de que o candidato é ACM Neto. Naturalmente, ele seria o nome hoje, mas isso já começa a afastar algumas coisas. É preciso discutir um projeto mais amplo, com planejamento, visitas e formulação de teses e programas”, completou.

Confira a entrevista completa:

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