SECRETÁRIO DO SINDICOMBUSTÍVEIS BAHIA ESCLARECE SOBRE FISCALIZAÇÃO NO AUMENTO DOS PREÇOS NOS POSTOS
Marcelo Travassos, Secretário Executivo do Sindicombustíveis da Bahia, esclareceu sobre a questão do aumento do preço nos combustíveis, em cidades de Ilhéus e região durante a virada de ano.
Em entrevista à OTabuleiro, nesta quinta-feira (12), Marcelo Travassos, Secretário Executivo do Sindicombustíveis da Bahia, esclareceu sobre a questão do aumento do preço nos combustíveis, em cidades de Ilhéus e região durante a virada de ano. Além disso, ele falou a respeito da operação de fiscalização que está sendo realizada pelo Procon nos postos de gasolina, com intuito de verificar se houve reajuste nos preços sem justa causa. Relembre aqui.
"É possível que os próprios revendedores de todo o Brasil tenham reajustado seus preços a partir do dia 1º. No caso específico da Bahia, não foi indevidamente. As pessoas esquecem que o preço dos combustíveis se compõe de vários segmentos [...] Aqui na Bahia, desde 1º de janeiro de 2022, os produtos derivados de petróleo são produzidos e administrados por uma empresa privada que privatizou a Refinaria Landulpho Alves, então os preços são dissociados da Petrobrás e mudam semanalmente", afirma.
Marcelo diz que a Acelen, empresa que opera a Refinaria de Mataripe alterou o preço, tanto da gasolina quanto do diesel, no dia 1º e no dia 5, "consequentemente nós tivemos um aumento no custo da matéria-prima que efetivamente repercutiu tanto na distribuidora, quanto na distribuidora dos postos".
Ele afirma que a Acelen altera os preços semanalmente e destaca que se espanta com o fato de o Procon não saber disso, já que a informação está circulando há 12 meses, "o agente público tem a obrigação de saber destas nuances se ele vai fiscalizar este segmento [...] O que o Procon está fazendo é imaginar que pelo fato de o Governo Federal ter, em uma medida provisória, prorrogado o prazo para a incidencia dos tributos federais, continuando com os tributos a zero, os postos não poderiam ter alterado os preços, e isso não é uma verdade".
Segundo Marcelo, a Acelen atende basicamente todo o estado da Bahia e atualmente não existe a possibilidade que a empresa tenha uma concorrência, "o Brasil não tem rodovias que permitam ter um fluxo de mercadorias derivadas do petróleo de maneira mais intensa, nós não temos ferrovias, e se alguém quiser trazer produtos de fora para concorrer com a Acelen, não vai conseguir porque os portos da Bahia não tem calado para receber os grandes navios petroleiros". Essa falta de concorrência faz com que a Acelen tenha preços que maximizem o seu faturamento.
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