O cara que faz ele não anda alardeando que tem projeto disso ou daquilo, ele faz. O cara que tem sangue na veia não manda recado, manda mensagem limpa e clara e direciona a quem ele quer realmente atingir. Não fica de mi-mi-mi pelos cantos, não fofoca nem fuxica, não estica a perna nem encolhe o rabo. Fica de antena ligada, diz o que tem que dizer e está preparado para o que der e vier.

Muitas vezes, o cara que faz se arrepende, pede desculpas, sabe reconhecer os erros. Não se empolga com elogios, conhece suas próprias fraquezas e sentimentos, sabe até onde pode ir.

O cara que faz é prudente como uma serpente, não busca seu próprio desejo nem insurge contra a verdadeira sabedoria. É manso, como Cristo ensinou. Não entra em contenda e a sua boca não brada por açoites. Prefere o silêncio.

O cara que faz adquire entendimento porque ama sua alma e sabe conservar a inteligência. Detesta mentiras, não despreza os mandamentos. Pelo contrário, guarda-os para não desviar do caminho.

Ele é duro quando precisa ser duro, corrige quando precisa corrigir. Chora com os que choram, ri com os que riem, ama sem olha a quem. Se compadece dos oprimidos, se revolta com a injustiça, aborrece os preguiçosos, estimula os que se sentem caídos a se levantar e estende a mão sempre que pode. Diz não se for preciso, mas abraça sem medo ou juízo.

O cara que faz sabe que a última palavra sai da boca de Deus. Acredita nos homens, mas confia no Senhor. Agradece pela angústia, respira na turbulência, guarda experiência, mantém viva a esperança e sabe que “a morte e a vida estão no poder da língua” (PV, 18.21). 

O cara que faz sabe que aquele que “acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor” (PV, 18.22). E aí? Você é ou não é o cara que faz?