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O Tabuleiro

Pawlo Cidade

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VIVA O RÁDIO!

Meu podcast de hoje é uma homenagem aos meus leitores e todos os ouvintes do programa O Tabuleiro. Sobretudo aqueles que me encontram no meio da rua ou mandam WhatsApp elogiando meus textos e sugerindo temas. Às vezes comentam, outros mandam áudios, como a esposa do meu amigo João Carlos. Outros ainda sugerem que eu brinque mais com as palavras, com as histórias, os contos, como meu amigo Bregueche. Muitos sentem falta quando fico sem postar ou comentar alguma coisa.
É engraçado, porque a gente acha que ninguém ouve ou lê o que a gente escreve e que o rádio ninguém mais ouve. Ledo engano! Se levarmos em consideração uma pesquisa que é feita quase todos os anos sobre o consumo dos meios de comunicação, eu diria que quase 70% da população ilheense ouve rádio.
Pois bem, uma pesquisa realizada pela Kantar IBOPE Media, em setembro do ano passado, mostrou que 78% dos brasileiros não largam o pé de um radiozinho. Cerca de 3, em cada 5 brasileiros, ouvem rádio todos os dias. O rádio é acessado em diferentes locais e equipamentos, a grande maioria, 78%, ouve rádio em casa; 18% no carro e 3% no trabalho. Cara, isso é um mundo de gente ouvindo o que muita gente pensa que saiu de moda. As classes que mais se destacam ouvindo o rádio são as classes A e B e os mais jovens, perfazendo um total de 64% de ouvintes. Viva o rádio!
Certa vez ouvi uma história de um locutor chamado Neirenelson Oliveira que ele dizia que quando começou a trabalhar numa rádio comunitária não tinha uma orientação sobre o que falar, o que dizer, o que comentar. Um dia, surgiu uma nota de falecimento. E, não sei se vocês sabem, mas nota de falecimento em cidades pequenas, como Amélia Rodrigues, por exemplo, é anunciada até em carro de som. E o defunto, como era uma pessoa estimada e importante no Município, todos queriam dar destaque a notícia. Um dos locutores ligou o microfone e disse: “Noticiamos com prazer, o falecimento de...”. Noticiar com prazer, uma morte, é dose! Mas o pior ainda estava por vir. O outro locutor no programa seguinte disse: “Queremos agora fazer um minuto de silêncio em comemoração ao falecimento de...” Desligou o aparelho e deixou o rádio fora do ar.
Garanto que Vilanova, Gil Gomes, Jota Carlos, Robertinho Scarpitta, Elias Reis e tantos outros ícones da rádio local devem ter mil histórias de suas vivências no rádio.
Ah, deixa eu contar dois segredos: O primeiro é que minha carreira artística iria começar no rádio. Mas quis o destino que o saudoso Toni Neto, da inesquecível Rádio Baiana, não me aprovasse como locutor num teste para um programa de uma radionovela. Foi neste mesmo dia, e agora revelo meu segundo segredo, que ao ser entrevistado por Jota Carlos, sobre um projeto cultural que eu e mais três amigos estávamos fazendo no Centro Social Urbano que nasceu o pseudônimo de Pawlo Cidade.

Por: Redação O Tabuleiro
Dia 04/02/2021 07h56

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